Da "Gaveta"... Um texto com mais de três anos
Sombras do que somos...
Não é só a bipolaridade dos tons que assusta... incomoda muito mais a ausência, o silêncio, a inércia, o mutismo, a omissão...
Um dia seguido de outro, à espera de outro dia igual, ou pouco ou nada diferente; os mesmos cinzentos, as mesmas palavras, os mesmos gestos, as mesmas cores... mastigam-se os mesmos sons imperceptíveis, sem luta, sem objectivos, sem horizonte, apenas uma lembrança vaga de olhares cúmplices, entre arritmias de desejo, sorrisos envergonhados, um mar de sonhos a construir, esperanças por adivinhar, esgares cruzados para o mesmo sentido: sombras do que fomos, agora almas murchas, ou apenas equívocos....
Nos intervalos da produção, do consumo e das necessidades primárias, o ócio abre portas à mágoa, ao queixume, à angústia de existir sem rumo, num barco sem leme, um caminho sem atalhos, nevoeiro cerrado, tropeçamos na própria sombra, encalhamos no passado, interditamos o futuro, talvez por carência de presente.
Como reencontrar o mundo multicolor, inocente, cândido e transparente da infância ingénua? Como reinventar esse tempo de palavras fáceis, sorrisos abertos, jogos simples, castelos de areia com aromas perfumados, amigos de aventura, correrias saudáveis pelos campos coloridos, e um colo sempre ali...
Se o sonho comanda a vida... como poderemos voltar a sonhar?
Não é só a bipolaridade dos tons que assusta... incomoda muito mais a ausência, o silêncio, a inércia, o mutismo, a omissão...
Um dia seguido de outro, à espera de outro dia igual, ou pouco ou nada diferente; os mesmos cinzentos, as mesmas palavras, os mesmos gestos, as mesmas cores... mastigam-se os mesmos sons imperceptíveis, sem luta, sem objectivos, sem horizonte, apenas uma lembrança vaga de olhares cúmplices, entre arritmias de desejo, sorrisos envergonhados, um mar de sonhos a construir, esperanças por adivinhar, esgares cruzados para o mesmo sentido: sombras do que fomos, agora almas murchas, ou apenas equívocos....
Nos intervalos da produção, do consumo e das necessidades primárias, o ócio abre portas à mágoa, ao queixume, à angústia de existir sem rumo, num barco sem leme, um caminho sem atalhos, nevoeiro cerrado, tropeçamos na própria sombra, encalhamos no passado, interditamos o futuro, talvez por carência de presente.
Como reencontrar o mundo multicolor, inocente, cândido e transparente da infância ingénua? Como reinventar esse tempo de palavras fáceis, sorrisos abertos, jogos simples, castelos de areia com aromas perfumados, amigos de aventura, correrias saudáveis pelos campos coloridos, e um colo sempre ali...
Se o sonho comanda a vida... como poderemos voltar a sonhar?
7 Comments:
Por vezes temos de ser mais positivos, não quer dizer com isto que eu consiga, mas devemos tentar, em todos os casos está bonito e sentido é isso que importa.
Beijos e abraços para todos.
Continuas igual a ti mesma, mas talvez devia-mos ser mais positivos.
que tudo corra como desejas, são os meus desejos, com um abraço extensivo ao Paulo
Luís
Estou com saudades de coisas novas, bonitas e sinceras.
Estou com saudades de coisas novas.
Olá Paula.também vivo na Gardunha e gosto do buliço da cidade.
Viva !!!
Não podemos ser imutáveis com a vida é demasiado pequena , e tentar construir o maior numero possivel de sonhos para que a vida seja bela .Mesmo que os sonhos não se concretizem fica-nos a intensidade enquanto os sonhamos .
Foi um prazer cruzar-me aqui com alguem da beira e mais ainda com um local que considero a (Sintra da b.baixa)Alpedrinha .
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