1.5.08

(Não) Sou

Não,
não sou intangível
sou, às vezes,
um silêncio
de brisa passageira
que fica
e não sabe
se quer voltar...

Sou um grão
de granito
sem brilho
ou uma ténue
gota de orvalho
ao amanhecer
mas dou-me
nestas palavras
como nos abraços
em entrega total
na busca de mim
e dos outros
que amo...

Estou aqui
e oiço
na tua ausência
a dor
como a alegria
de existirmos...

Sou sol e sal
luz e sombra
nas trevas da vida
e no caminho
que se vai traçando
sem conhecer o fim...



Fotos: Paula Silva, Alentejo-Alqueva, Abril de 2008

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5 Comments:

Blogger Cati said...

Ser ou (E) não ser... eis as questões!

Lindo... Eu acho que os estados nostálgicos são os melhores para a escrita. Não consigo escrever nada de jeito quando me sinto feliz. Porque será!?

Sou um grão
de granito
sem brilho
ou uma ténue
gota de orvalho
ao amanhecer
mas dou-me
nestas palavras
como nos abraços
em entrega total
na busca de mim
e dos outros
que amo...


Esta também podia ser eu... mas nunca conseguiria dizê-lo de forma tão bela!

Beijo grande da sobrinha (com mimos oncluídos)

sexta-feira, maio 09, 2008  
Blogger oasis dossonhos said...

não tenho palavras para agradecer o bem que me fazes com as tuas palavras. Fico sempre sem geito!
Mas encontro o júbilo para te dizer o quanto é importante continuares a abrir esta janela para deixar entrar a brisa da serra e os perfumes da vida. Beijinhos
Luís

segunda-feira, maio 12, 2008  
Blogger paula silva said...

Luis
Tu é que me deixas sem jeito...
Beijoooooo
Bem-Hajas pela tua presença na minha humilde existência.
Abraço.

segunda-feira, maio 12, 2008  
Blogger nanabrites said...

As palavras que escreves só completam aquelas que tão bem me dizes sempre que me falas. E de cada vez mais diferente e imprevis´vel, para meu gáudio. Ainda bem que existes.
jinhos dispersos pelos dias
anabela

quarta-feira, maio 21, 2008  
Blogger rosa said...

As almas poeticas se encontram se entendem e espalham juntas sua poesia.
Tu, boa amiga, que lá das serras da Beira espalhas teu aroma poético, que logo se embala nos braços do vento e vai perfumando a planicie bela do meu alentejo amado, chega assim sem pedir licença entrando na alma e na veia desta camponesa que logo desperta como que por magia.
Agradecida amiga por tua partilha por tua companhia a poetisar.
Aquele abraço continua amiga.
beij. da Rosa

sábado, agosto 02, 2008  

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