25.9.08

Apresentação de "Gardunha: Silêncios de Granito" - Capela do Leão, 20 de Setembro de 2008 em Alpedrinha

Depois de um concerto de acordeão, pelo jovem músico Assertório, que foi muito aplaudido e encantou os presentes... veio o meu momento...
Primeiro imperou um misto de ansiedade, alegria, receio, as emoções à flor da pele, uma entrevista imprevista para a Rádio Cova da Beira; Rodeada de amigos e familiares, sem tempo para dar a atenção que todos mereciam. Gente próxima, amigos vindos de longe (surpresas, gestos, sorrisos, abraços, palavras de alento e felicitações, mensagens, telefonemas de tranquilidade, principalmente o da minha médica Drª Maria José Pinheiro)...
Aproximou-se a hora: 18:30H - Capela do Leão.

A capela, espaço intimista, estava cheia.

Na mesa reuni amigos: o Sr. Presidente da Junta de Freguesia, Francisco Roxo, também em representação do Sr. Presidente da Câmara; o amigo, poeta e antropólogo Dr. Luis Filipe Maçarico, e o amigo Dr. João Santos Costa (convidado de última hora), ex-autarca, ex-presidente do Conselho Directivo da Escola Secundária do Fundão, onde pela primeira vez leccionei e onde tinha sido aluna, ex-dirigente da Liga dos Amigos de Alpedrinha, com quem trabalhei para a Informação.

Discursaram: primeiro o Sr. Presidente da Junta de Freguesia, bem-hajas pelas palavras que emocionaram especilamente os meus pais e pela retrospectiva realista, bem como pela leitura e oferta da carta do Padre Manuel Igrejas, que não podendo estar presente me endereçou palavras de apreço e simpatia; depois a Mónia, representando a Liga dos Amigos de Alpedrinha, que colocou ao meu dispor a Instituição, com uma empatia e simpatia de registar. Discursou o Sr. Eng. José Alberto Franco, Presidente da Aldraba, recordou o facto de eu ser associada-fundadora, em defesa do património; o Sr. Dr. João Santos Costa, lembrando os meus tempos de estudante e colaboradora assídua da Informação da LAA, entre outros elogios generosos que agrdeço do coração. Por fim o Luis Maçarico leu o seguinte texto:

"Conheci Paula Cristina Lucas da Silva há mais de vinte anos. Estudante aplicada, repórter da ternura, que nesta terra escreveu sobre pessoas e lugares, com um olhar sempre criativo.
A sua poesia é resultado das vivências que Alpedrinha proporcionou e das saudades que o afastamento, por razões profissionais, originou.
Professora de Filosofia, no Cacém, onde reside, Paula Cristina, dedica os seus primeiros versos publicados à vila onde nasceu, berço dos seus ancestrais, sítio da sua infância de descobertas e brincadeiras.
Até chegar a esta meta tão importante, a nossa poetisa incentivou nos jovens o prazer da escrita e da leitura, animando o jornal escolar que dirige, como entusiasticamente já colaborara, anos a fio, no jornal da Liga dos Amigos de Alpedrinha.
Com os seus olhos subi a Gardunha, encontrando novos motivos para voltar. Deixemo-nos então guiar nesta viagem fascinante que é o livro da Paula.
Este trabalho que hoje nos oferece, neste templo, neste evento, diante dos seus conterrâneos e amigos, é o corolário de um sonho.
Os Encontros de Poesia, dinamizados pelo Sr. Francisco Roxo trouxeram-na enquanto poetisa, de volta ao seu mundo original. O desafio que ele e eu lhe fizemos proporcionou este “Gardunha: Silêncios de Granito”, um livro que é um hino à serra, à pedra, às pessoas, que habitam este lugar mágico.
A poesia, numa festa tão bonita, é o melhor pretexto para darmos este abraço redondo à Paula, por ter voltado com tão belo ramalhete de emoções. Com esta pegada sensível, estes poemas que são água para a nossa sede."
[Texto do amigo, poeta e antropólogo, Dr. Luís Filipe Maçarico, na apresentação do livro de poemas “Gardunha: Silêncios de Granito”, a 20 de Setembro de 2008, na Capela do Leão, Alpedrinha, incluído na programação da Feira dos Chocalhos 2008.]

Depois foi o meu tempo, de agradecimentos e emoções, improvisei alguns agradecimentos às minhas amigas Anabela Campos e Anabela Adrião, pelos mais de 200 kilómetros palmilhados para a partilha do momento, li um texto curto para agradecer todas as presenças, desde as anónimas, aos amigos e familiares, às instituições representadas, entre elas a Alma Alentejana, pelo Avó e Nazaré, e ainda um lamento pela ausência das restantes forças vivas da nossa terra. Contei a história do meu livro de poemas.

Vieram em seguida os poemas nascidos do silêncio do granito da minha Gardunha, primeiro na voz da Maria Eugénia (da Aldraba) e depois na voz alentejana da poetiza Rosa Dias. Os aplausos encheram a capela e ecoaram na minha alma. Bem-Hajas amigas por terem dado voz aos meus "silêncios".

Eu terminei lendo também três poemas deste livro e não resisti à tentação... li um poema, "Incompleto", dedicado ao meu afilhado André, escrito em 1999, era ele um bébé de colo... e neste dia 20 de Setembro de 2008 estava radiante, a tirar fotos à madrinha, com um sorriso largo, envaidecido por ter acompanhado o nascimento deste livro (tem nove anos).

Deixo algumas fotos e o agradecimento a todos quantos partilharam comigo estas horas mágicas, e o registo de que autografei mais de cinquenta exemplares, até cerca das 21:00H, com todo o prazer, ouvindo palavras simpáticas e elogios rasgados que me emocionaram até hoje...

BEM-HAJAS a todos.

Beijos especiais às Anabelas, à Rosa Dias e marido António, à Margarida e marido José Alberto Franco, ao Avó e esposa Nazaré, às minhas sobrinhas, Catarina e Patrícia, pelas fotos tiradas e filmagem (um agradecimento particular à Carmita pelo empréstimo da máquina de filmar), e como não podia deixar de ser ao grande amigo Maçarico e ao meu marido, o Paulo, que esteve sempre presente, preocupado, emocionado e orgulhoso...

O meu texto de Apresentação do livro fica para depois... talvez... se os leitores estiverem interessados...
Fotos: André Campos

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6 Comments:

Blogger Fernando Pires said...

Em primeiro lugar quero (mais uma vez) felicitar a "nossa poetisa" por este lançamento, na certeza que no futuro mais publicações irão seguramente aparecer. Em segundo lugar agradecer-lhe o exemplar devidamente autografado.
Por razões óbvias não pude estar presente no lançamento do seu livro. Mas, como era logo ali ao lado da minha tasquinha, ainda lá fui espreitar algumas vezes e "meter uma cunha" ao seu marido, para fazer o favor de me arranjar um exemplar devidamente autografado, não podendo deixar de agradecer também ao Paulo essa generosidade.
Foi com enorme felicidade e com muito gosto que a minha tasquinha serviu um pouco como "cabine de apoio" ao lançamento do seu livro. Serviu para que a D. Rosa Dias deixasse a sua mala (em boas mãos) enquanto se realizava o evento, disponibilizei uma lâmpada para que os poetas conseguissem ler, embora o seu pai o trouxesse de imediato, por o mesmo afinal não ser necessário, forneci água a um marido dedicado e empenhado, para que pudesse refrescar a garganta de alguém que muito emocionada estaria e com razão.
O facto é que só depois de ler esta postagem fiquei com a real sensação do que este evento significou para si.
Estar na terra natal a ser homenageada, rodeada de amigos verdadeiros é realmente muito agradável.
Mais uma vez "PARABÉNS" e aguardo o próximo livro.

sexta-feira, setembro 26, 2008  
Blogger Ângelo Rodrigues said...

Parabéns Paula!
Estou "em pulgas" para fruir os teus poemas.

sexta-feira, setembro 26, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns pelo momento reflexo de muitas horas de trabalho (...e estavas muito bonita!).
Um bjinho

sexta-feira, setembro 26, 2008  
Blogger Margarida Bonvalot said...

Parabéns Paula! Espero poder estar presente no dia 29, para te dar o merecido (e adiado) abraço.

Até lá, grande beijo amigo.

sexta-feira, outubro 03, 2008  
Anonymous Anónimo said...

É um orgulho para mim, ter uma colega e amiga assim tão importantemente humana, filha de uma terra que amas como qualquer boa filha.

quarta-feira, novembro 12, 2008  
Blogger oasis dossonhos said...

Passados dois anos valia a pena começar a pensar num novo projecto. Deve haver nos teus baús outros tesouros...e os amigos certamente voltarão a apoiar-te. Pensa nisso. A vida também é lazer e testemunho, embora nos queiram máquinas. Não façamos a vontade aos que pretendem asfixiar a nossa respiração de sonhos que têm de ser realizados.
Bjs
Luís

domingo, novembro 07, 2010  

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