Alpedrinha - O Prometido é Devido
Recebi, no meu humilde Blog, um comentário de um desconhecido, ao que parece alguém de Alpedrinha preocupado com o património arquitectónico da Vila, mas que ainda assim prefere identificar-se através de um pseudónimo, que não reproduzo por razões de vocabulário a que o meu blog não está habituado, nem quero habituar.
Respondi ao dito comentador, educadamente, pelo respeito que tenho por Alpedrinha, e comprometi-me a inteirar-me do assunto logo que possível - cá estou a cumprir!
No passado fim de semana estive em Alpedrinha e pude fotografar novamente a Capela de Stº António, para se poder facilmente comparar.
As fotos estão datadas. Não precisam por isso de mais legenda.
A Capela de Stº António foi pintada, ao que apurei, apenas o exterior, e contra factos não há argumentos: há uma pequena faixa, bem visível na foto, que foi indevidamente pintada de branco; não é gritante, mas é um facto incontornável.
Respondi ao dito comentador, educadamente, pelo respeito que tenho por Alpedrinha, e comprometi-me a inteirar-me do assunto logo que possível - cá estou a cumprir!
No passado fim de semana estive em Alpedrinha e pude fotografar novamente a Capela de Stº António, para se poder facilmente comparar.
As fotos estão datadas. Não precisam por isso de mais legenda.
A Capela de Stº António foi pintada, ao que apurei, apenas o exterior, e contra factos não há argumentos: há uma pequena faixa, bem visível na foto, que foi indevidamente pintada de branco; não é gritante, mas é um facto incontornável.
Se se tratar de cal, o tempo vai reparar o erro, porque a cal vai cair naturalmente do granito, se estivermos a falar de tinta, nada mais fácil, é só limpar... há máquinas adequadas para tal procedimento, sem qualquer problema de maior.
Esteticamente prefiro a pintura original, a da foto mais antiga, mas um erro não é mais do que isso, e neste caso facilmente reparável. Quem teve a iniciativa louvável de pintar, melhorando assim o aspecto do monumento, terá com toda a certeza também a capacidade de reconhecer o lapso e emendá-lo, senão, como digo anteriormente, o nosso amigo tempo encarregar-se-á de o emendar.... Antes isto do que terem rebocado com cimento ou algum acto mais irreversível, o que não é o caso.
Errar é humano, vamos crucificar alguém por isso??? Quem é que nunca errou???
Já vi, pelo país e fora dele, erros mais crassos e irreversíveis do que este. E se fosse verdadeiramente chocante talvez fosse a primeira a apontar o dedo...
Foto de Agosto de 2004
Foto de Julho de 2006Mas as fotos mostram mais do que isso, já gora, aproveito o novo artigo.
O monumento em frente parece que está a ser recuperado e melhorado. Faltam as grades de ferro, que a falta de civismo quase destruiu... Vamos ver se depois da obra acabada há brio e não se destrói o que é de todos.
Neste mesmo largo pude constatar, mas nem me atrevi a fotografar, como foi destruída propriedade privada, com um veículo automóvel, falo de uma parte de um "gradeamento" em tijoleira, que foi derrubado e ali ficou sem que alguém assumisse o incidente...
O proprietário terá que reparar o erro de alguém muito pouco honesto, e nem sei como, pois aquela tijoleira já nem deve ser fabricada, o que implica tirar toda a tojoleira e colocar outra nova, ou um gradeamento de outro material adequado (vai pagar o inocente, não o culpado, o que não me parece nada justo).
Por agora termino, cumpri o prometido e até avancei mais do que tinha planeado.
posted by paula silva at 10:59 da tarde
9 Comments:
Bem-haja pela resposta e preocupação pelo patrimonio de Alpedrinha, de facto é só um lapso mas a drª vai ver quanto tempo vai durar o dito lapso....e realmente errar é humano mas na nossa querida terra erram-se vezes demais."(...)Sintra da Beira junto á gardunha encostada eu te saúdo Alpedrinha abençoada(...)"
Olá Paula.
Este seu cantinho é um espaço de visita obrigatória.
Obrigada pelas fotos aqui colocadas e pelas que tirou á minha casa e me enviou por mail.
Até o meu filho (agora com 23 anos) que lá passou com 7 ou 8 anos de idade se recordou da casa.
Um dia ainda vou ver aquela casa de "cara lavada" e novamente cheia de movimento.
Um beijinho e mais uma vez muito obrigada
Olá amiga Paula:
Neste caso concreto e já lá vão uns bons anos, recordo-me da Capela de Stº António com a pintura actual, ou seja, com uma faixa branca por baixo do granito que circunda a capela. É obvio que tem razão, quando diz que o tempo vai reparar aquele erro. Pois foi exactamente o que aconteceu, pouco tempo depois, a cal caiu e ficou a pedra.
Estes são erros que nem sequer se colocam. O fundamental da questão é que o património que temos seja conservado. Dói-me muito mais ver a Capela do Menino de Deus nas condições em que está. Aliás, no meu blog vou fazer uma postagem sobre este caso concreto. Uma capela lindíssima, totalmente degradada, na envolvente e enquadramento do Chafariz D. João V e Palácio do Picadeiro, que já conheceu alguns episódios com vista à sua recuperação. Vou dar conta deles.
Voltando ao que interessa, resta-me felicitar quem promoveu as obras de conservação da Capela de Stº António. Acho fundamental que se cuide o património alpetriniense o melhor que se puder.
1 abraço alpetriniense.
Amiga Paula:
Quando há uma preocupação de salvaguarda do património, partilho-a, se for executada com elegância, empenhamento genuíno, apartidário e sem interesses pessoais de protagonismo.
Tenho a opinião que todos aqueles que se preocupam efectivamente com o património podem e devem criar associações com esse objectivo.
Mas atenção: associativismo requer trabalho, trabalho e trabalho. Exige, a postura associativa, entrega, que não se compadece com o nosso tempo familiar e de lazer.
Quem estará disposto a isso, no tempo de todos os comodismos?
Aqui à minha volta, as colectividades, exceptuando um ou outro caso, têm pouca gente, algumas até já fecharam.
Como sabes, Paula, a Associação do Espaço e Património Popular foi fundada com 80 cidadãos no Ateneu Comercial de Lisboa, em 15 meses ficou com 110 associados, é dirigida por gente que trata do site, do blogue, do boletim, dos encontros, de visitas, jantares tertúlia como fizemos há dias, na Casa das Beiras, tendo como anfitrião um sobrinho do dr. João Costa, o Ricardo, um jovem espectacular que sabe o que diz, que conhece Coimbra, e partilhou o que sabe com 25 adeptos do património popular...
A AEPP para se legalizar teve de ter quase mil euros, porque todos os governantes dos partidos do poder exortam os indivíduos à cidadania, ao voluntariado, mas depois obrigam-nos a pagar balúrdios para efectivarmos esse direito.
No entanto, todas as barreiras devem ser vencidas se a vontade de participação for autêntica.
É nessa condição que considero que todos aqueles que amam uma localidade, sobretudo os que lá vivem, podem e devem lutar pelo bem comum, gerando consensos, intervindo, dando a cara num mundo propício à máscara e ao lúdico, que através dos mass media faz lavagens ao cérebro, gerando falta de coragem e hipocrisia...
Contudo,o património como pretexto para ajustes de contas entre grupos rivais será sempre um mau cartão de visita para qualquer terra, como não me parece que seja abonatório para quem o pratica.
Sr. Fernando: a mim pessoalmente doi-me mais ver pedras centenárias como a pedra da paciência com lancis de cimento.Você chama a isto conservar o património?A drª já viu?pois é....são questões destas que me transcendem na nossa Sintra da Beira.Fiquem com Deus.
Amiga Paula:
Quanto à postagem sobre a Capela do Menino de Deus, que a todos deve preocupar, vai ficar adiada para depois do Verão. Este adiamento prende-se com o facto do processo que visa a sua recuperação estar em andamento. Devido às informações que recolhi da Junta de Freguesia acerca desta matéria, creio ser perfeitamente despropositado falar sobre este assunto agora.
É apenas o sentido de responsabilidade e bom senso que me levam a tomar tal decisão.
No entanto fica prometido.
1 abraço Alpetriniense.
Sr. P. F., respondi ao seu comentário, como expliquei, pelo amor e respeito que tenho por Alpedrinha, mas repito que não é meu propósito manter diálogo com quem desconheço ou prefere manter-se no anonimato, o Sr. tem a vantagem de saber a quem está a dirigir-se, eu tenho essa desvantagem, além do mais não é propósito do meu blogue permitir que entre os comentadores haja diálogos, usando-me, ou usando o meu blog para o efeito.
É livre de frequentar este espaço, de comentar, e é até bem-vindo,(dentro do respeito e críticas que forem razoáveis), mas agradeço que ao fazê-lo se dirija a mim, não aos restantes comentadores.
Se tem algo a dizer a outras pessoas encontre outra via, uma vez que não quero ser "moça de recados", não me sinto bem nesse papel... nem quero ter que recorrer ao "excluir comentário", pois também não é o meu estilo, ou não teria os comenários a serem publicados imediatamente, sem a minha aprovação.
Agradeço que respeite a minha posição e recordo ainda que o meu blogue tem uma linha editorial muito diferente do seu. Respeitemos portanto a diferença.
Claro que sim Drª. “Respeitemos a diferença” mas acho que também não desrespeitei ninguém. A questão que coloquei ao sr. Fernando (recordo que o citado pertence à assembleia da J.F.A.) foi muito directa, como esperava não obtive qualquer resposta mas esta situação em Alpedrinha é habitual, é o celebre: “quero, posso e mando”, (nem parecem ser do partido que são ou que apregoam ser !!).
Puseram cimento numa pedra centenária como é a Pedra da Paciência (veja bem drºª.) e não têm de explicar nada nem ouvir opiniões que podiam ser construtivas.
Vou continuar a visitar o seu blog até porque o acho interessante mas prometo-lhe não voltar a interpelar ninguém.
Fique com Deus.
Amiga Paula:
Concordo com a opinião que este blog não serve para diálogos entre comentadores. Foi exactamente por isso que não respondi a um comentador deste fantástico blog, aliás como não poderia deixar de ser. No meu blog, tb não permito que sejam feitos comentários anónimos e como será de prever, tb não respondo aos mesmos. A minha ideologia, bom senso e educação levam-me a responder a todos os que se dirigem a mim. Cara a cara ou por outras vias, mas devidamente identificadas. No fundo, pessoas responsáveis. Ás outras, pura e simplesmente ignoro.
Mais uma vez parabéns pelo teu blog que é já de visita obrigatória.
1 abraço alpetriniense.
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